Dia dos Pais: “Não gosto nem de falar muito que dá vontade de chorar”

Conversamos com Diomar de Jesus Martins – pai de Gabryelle e o mais novo dirigente do Sindimovec. Nesse papo, a figura paterna se mostrou presente, não só em relação ao amor incondicional de pai pra filha, mas também quando ele foi buscar uma referência, um conselho…

Neste mês de agosto o Sindimovec completou 21 anos de história. Também recém formalizou a posse da nova diretoria da entidade, que acaba de receber dois novos dirigentes: Diomar de Jesus Martins e Franciele Castro. E como hoje (12), segundo domingo de agosto, é comemorado o “Dia dos Pais”, batemos um papo com Diomar (39 anos), natural de Campo Largo, morador do Distrito do Bugre, localizado na

Camila Ferraz da Silva, Diomar de Jesus Martins e Gabryelle Ariana Ferraz da Silva. Família reunida na posse da nova diretoria

cidade de Balsa Nova, vizinha à capital da louça.

Diomar construiu sua história em Campo Largo, trabalhou com pintura residencial, depois migrou para a parte gráfica, além de ter sido funcionário da Cesbe; quando a empresa fez o recapeamento da BR277. Há cinco anos está na área metalúrgica e atualmente trabalha na Metalsa. É pai de Gabryelle Ariana Ferraz da Silva (11 anos) e marido de Camila Ferraz da Silva.

Logo de cara, o recém-empossado dirigente do Sindimovec, teve que responder a seguinte pergunta: O que é ser pai pra você?

 “É tudo. Não gosto nem de falar muito que dá vontade de chorar. Mudou tudo na minha vida. Não tem coisa melhor no mundo. Amem seus filhos. É um amor incondicional” Diomar de Jesus Martins (DJM)

E a figura paterna na vida de Diomar também se fez presente quando ele procurou saber mais sobre sindicalismo. Ao ser questionado sobre “como as pessoas receberam a notícia de que entraria para um sindicato?”, ele revela com quem conversou primeiro:

“Conversei com meu pai. Ele disse: “responsabilidade”. Até porque meu pai foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) de Campo Largo e entende do assunto. Depois me perguntou se eu queria tirar algumas dúvidas e me levou pra conversar com outros conhecidos, pra me ajudar a ter informação” DJM

Foi assim que Diomar se informou sobre a função de um sindicato. É como ele mesmo já diz: “formei minha opinião e vim”. Agora o trabalhador está interessado em fazer cursos de formação e se aprofundar no universo da luta de classes. Principalmente para poder explicar aos trabalhadores sobre a importância do Sindimovec na sociedade:

“Cara, se com os sindicatos já está difícil imagine sem. Quem vai questionar? Quem vai cobrar os direitos dos trabalhadores?” DJM

Pela primeira vez numa direção sindical, ele revela que foi a ‘preocupação de pai’ que o aproximou do Sindimovec. Segundo Diomar, surgiu à necessidade de se iniciar um tratamento para a saúde da sua filha e, devido a isso, ele procurou ajuda. Depois disso, conheceu um dirigente da entidade que explicou mais sobre o mundo sindical.

Agora empossado, fica o questionamento: o que os metalúrgicos de Campo Largo podem esperar desse mais novo sindicalista?

“O trabalhador pode esperar de mim apoio total. Quero ter interação com a galera pra saber qual a necessidade de todos. Ter contato direto, pra que eles se abram comigo e possamos trocar uma ideia com tranquilidade. Daqui pra frente os caras precisarão se expor pra mim. Aí vou poder saber como ajudar. Devagar vou entendendo qual a melhor forma de trabalhar” DJM

Já no fim do papo, faltava saber o que ele achava do Sindimovec:

“Vou falar uma coisa que eu só falei pra minha esposa: o Sindicato é um lugar onde eu gosto de estar, me sinto bem. Todo mundo conversa comigo, me trata com igualdade, independente do cargo. Me sinto bem aqui” DJM.

 

Por Regis Luís Cardoso (texto e fotos).

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