570 MIL VAGAS COM CARTEIRA ASSINADA SÃO FECHADAS NO ANO

O Brasil fechou 86.543 vagas formais de emprego em agosto, a quinta queda mensal consecutiva, informou nesta sexta-feira (25), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Este é o pior resultado para o mês desde 1995, quando foram fechadas 116.856 vagas. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.392.343 admissões e 1.478.886 demissões.

O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 101.425 vagas. Nos primeiros oito meses do ano, o total de postos fechados é de 572.792. Os dados são sem ajuste, ou seja, não incluem as informações passadas pelas empresas fora do prazo. Em um ambiente de recessão econômica e baixa confiança dos empresários, o mercado de trabalho formal brasileiro cortou 986 mil vagas de carteira assinada nos últimos 12 meses até agosto.

Em agosto, a indústria de transformação foi a que mais contribuiu para a redução dos empregos formais no país. O setor cortou 48 mil postos somente no mês passado.

Como a maioria dos setores da economia, a indústria sofre com a recessão econômica, com estoques altos e baixa confiança de consumidores. O setor também foi afetado nos últimos anos pela perda de competitividade para produtos estrangeiros.

Por dentro dos números da indústria, 11 dos 12 ramos monitorados ceifaram vagas. Os destaques negativos foram os ramos da indústria têxtil, com 10 mil postos cortados, e mecânica, com fechamento de 8.000 postos.

Motor do emprego nos últimos anos, serviços criaram 5.000 vagas em agosto. Já o comércio cortou 13 mil vagas. Os números dos dois setores, em tese, serão mais favoráveis a partir de setembro, quando começam as contratações para o fim de ano.

“A tendência é que essa contratações sejam, no entanto, bem mais modestas do que no ano passado”, disse Fabio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), que prevê fechamento de, pelo menos, 1,1 milhão de empregos formais neste ano.

O comércio automotivo e de móveis e eletrodomésticos tem apresentado os piores resultados de emprego, segundo a CNC. Os dois setores são também, naturalmente, os com pior resultado de vendas.

O setor agrícola, que criou vagas no mês anterior, cortou 4.000 empregos formais no mês. Porém, foi o melhor resultado para o mês desde 2004. O maior impacto veio do cultivo de café, principalmente em Minas Gerais. (Fonte: O Estado de SP)

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