Dirigentes do Sindimovec participaram da II Conferência Estadual do Trabalho do Paraná

Evento foi Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal, em Curitiba, 03, com participação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Debate crucial para a classe trabalhadora. A etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT) aconteceu em 03 de dezembro na capital paranaense. Encontro propôs garantias justas para a geração de mais e melhores empregos para a força de trabalho paranaense. Durante a programação houve apresentações da OIT e o diagnóstico do MTE, além dos trabalhos nos Grupos Temáticos e da Plenária Estadual.

Para os dirigentes do Sindimovec, Adriano Carlesso e Sérgio Alexandre, o evento é importante e serve para aprimorar as relações de trabalho, emprego e renda no país. “Hoje através do brilhante trabalho realizado pelo Conselho Estadual do Trabalho, onde o Sindimovec também tem cadeira, o Paraná é exemplo de gestão e organização nesta área. Isso por conta das mais de 220 Agências do Trabalhador e do trabalho realizado por elas”, explicou Carlesso.

O compartilhamento de experiências entre os Estados é um fator determinante para ampliar a discussão sobre trabalho, emprego e renda. “A Conferência permite que os lados opostos da relação profissional possam conhecer as dificuldades do outro e estabelecer em consenso uma melhora significativa neste vínculo”, completou Sérgio.

É preciso dialogar e sensibilizar os empresários sobre a importância da força de trabalho valorizada. Para Adriano, “quando o trabalhador é reconhecido e tem salário justo, todos ganham. O dinheiro gira, volta para o empresário através do giro da economia e o país cresce com a devida distribuição de renda. É isso que esperamos com a continuidade dos trabalhos na fase nacional”.

Bancada dos Trabalhadores

Denilson Pestana da Costa, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores do Estado do Paraná (NCST/PR), explicou que o caminho para equilibrar a relação entre força de trabalho e empregadores é focar na gestão do Sistema S; que é financiado por recursos compulsórios correspondendo a 1,5% de toda a folha de pagamento das empresas. No entanto, a gestão desse dinheiro está concentrada exclusivamente nas mãos dos empregadores.

Por fim, após a realização dos trabalhos nos Grupos Temáticos e da Plenária Estadual, houve o agrupamento das propostas que serão encaminhadas à etapa nacional (II CNT), que tem como foco a formulação de políticas públicas para a promoção do emprego e do trabalho decente.

Confira abaixo a proposta da bancada dos trabalhadores apresentada na II Conferência Estadual do Trabalho do Paraná:

1. Paridade na Gestão e Controle Social:

:: Propõe-se que as Centrais Sindicais tenham paridade nos conselhos deliberativos, consultivos e fiscais.

:: Essa medida visa garantir transparência, controle social e o alinhamento das ações dessas entidades (incluindo SESI, SESC, SENAI, SENAC, SEBRAE, SENAR, SESCOOP, SENAT, SEST) às necessidades reais da classe trabalhadora.

 2. Paridade no Repasse de Recursos:

:: Há grande volume de recursos repassados às federações patronais. Por exemplo, em 2022, a Fecomércio do Paraná recebeu um repasse que chegou a R$ 10 milhões. A Federação das Indústrias (FIEP) também recebeu R$ 26 milhões.

:: Em contraste, uma análise do balanço da FIEP mostrou que apenas 1,4% dos seus recursos arrecadados (cerca de R$ 390.000,00 de R$ 26 milhões) era proveniente de contribuição sindical e confederativa.

:: A exigência é clara: se R$ 10 milhões forem repassados à Federação do Comércio (Fecomércio) pelo Sistema S, o mesmo valor de R$ 10 milhões deverá ser repassado às federações de trabalhadores ligadas ao comércio. Da mesma forma, se R$ 26 milhões forem repassados à FIEP, R$ 26 milhões também deverão ser repassados às federações de trabalhadores das indústrias do estado do Paraná.

:: O objetivo é estabelecer o mesmo direito e a mesma condição para que as entidades dos trabalhadores possam atuar no enfrentamento e na prestação de serviços para a classe trabalhadora no estado.

Via Sindimovec (com informações: NCST/PR).