Exportações de veículos tendem a crescer 21,5%

Enquanto o mercado interno segue em declínio, as exportações de veículos devem ser a única frente capaz de render resultados positivos para o setor automotivo este ano. Nova projeção divulgada pela Anfavea na segunda-feira, 6, indica que os negócios internacionais podem crescer 21,5% para 507 mil unidades. A expectativa anunciada no início do ano era de expansão menor, de 8,1% para 451 mil unidades.

“Nossa possibilidade de garantir melhor ocupação da capacidade produtiva da indústria está nas exportações”, avalia Antonio Megale, presidente da Anfavea. O executivo garante que, diante das vendas domésticas contraídas (leia aqui), o plano é buscar oportunidades em outros mercados para elevar a ocupação da capacidade instalada nas fábricas brasileiras, que hoje está em parcos 50%.

A Anfavea pretende se aliar ao governo na busca por novos acordos comerciais ou aprofundamento dos já firmados. “Argentina e México são nossos principais parceiros, mas existem oportunidades em outros lugares. O governo já fechou acordo com a Colômbia e melhorou as parcerias com o Uruguai e com o Peru. Há ainda outras frentes, como países do continente africano e da Ásia”, destaca.

Até o fim de junho a Anfavea espera que sejam concluídas as negociações dos novos termos do acordo automotivo com a Argentina, que vence em julho. Os governos e as montadoras instaladas nos dos países estão em negociação com a meta de manter ativo o fluxo comercial.

Crescimento de janeiro a maio

A revisão das expectativas acontece depois de bons resultados nas exportações de janeiro a maio. Foram entregues 183,2 mil veículos brasileiros a outros países, com alta de 21,8%. Somente em maio foram 46,8 mil unidades, volume 23,9% superior ao de abril e 15% maior que o registrado no mesmo mês de 2015.

Como acontece há alguns meses, apesar do aumento em número de unidades exportadas, houve redução no faturamento com as vendas internacionais. De janeiro a maio as entregas a outros mercados geraram US$ 3,96 bilhões em receitas, montante 12,6% menor do que o anotado há um ano. “Há diferença no mix de produtos exportados, com maior participação de veículos leves e menor presença de caminhões e máquinas agrícolas, que têm maior valor agregado”, esclarece Megale.

(Fonte: Automotive Business)

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