Mercado de trabalho desestruturado tem informalidade e baixos salários

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O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, diz em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (23), que o crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, que segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE alcançou 10,3 milhões de pessoas em julho, é resultado do atual quadro de recessão econômica.

“A desestruturação do mercado de trabalho preocupa porque os trabalhadores sem carteira, além de não contarem com a proteção previdenciária, registram rendimentos muito abaixo do salário mínimo”, afirma.

Segundo a pesquisa, 5,5 milhões de trabalhadores informais recebem até meio salário mínimo (R$ 440) por mês. Metade desse contingente recebe rendimentos ainda inferiores, de até R$ 220.

“Não só a informalidade, sem proteção laboral, vem aumentando por conta da crise, quanto os rendimentos das pessoas ocupadas são muito baixos, de um quarto à metade de um salário mínimo”, afirma o diretor do Diesse.

Para Clemente, essa situação atinge um grupo elevado da população, e o quadro só será revertido a partir da retomada do crescimento econômico, com ênfase na criação de empregos de qualidade, com carteira assinada e acesso à Previdência. (Fonte: Rede Brasil Atual)

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