13º dos metalúrgicos vai injetar mais de R$ 11 bilhões na economia brasileira

De acordo com estudo do Dieese, maior impacto é na região Sudeste, impulsionado por São Paulo. Trazendo para Campo Largo, de acordo com o Sindimovec, o montante gerado pelo 13º é de aproximadamente R$ 5 milhões
13ºnão é presente de patrão, mas sim uma conquista dos sindicatos. É graças à luta da classe trabalhadora que há este benefício, além de outros direitos. De acordo com dados do Sindimovec (Sindicato dos Metalúrgicos de Campo Largo), atualmente são cerca de 1.500 trabalhadores que recebem em média R$ 3.500,00 de salário em Campo Largo, significa dizer que o valor injetado na economia, pela força de trabalho da Caterpillar, Metalsa e Hitech, ultrapassa R$ 5 milhões.
Para o presidente do Sindimovec, Adriano Carlesso, a sociedade precisa valorizar mais os benefícios gerados pela luta sindical. “O pequeno empresário, que odeia Sindicato, precisa entender que esta conquista faz parte da luta dos trabalhadores. Logo, o que vai entrar na conta das pequenas empresas, é graças a uma conquista de entidades que eles tendem a abominar”, explica.
O montante gerado pelos metalúrgicos na economia regional e nacional beneficia milhares de trabalhadoras e trabalhadores, além de suas famílias; um importante motor de consumo e circulação de riqueza. Na Região Sul, um dos principais polos industriais do país, a categoria injeta um volume substancial de recursos nas economias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
“O 13ºgera aquecimento do mercado local, estimula o consumo de bens e serviços e ajuda a manter cadeias produtivas em movimento. O que reforça a importância das conquistas sindicais no mundo do trabalho e na economia do Brasil”, completa Carlesso.
R$ 11 bilhões
O pagamento do 13º salário aos mais de 2,5 milhões de metalúrgicos com carteira assinada em todo o país deve movimentar mais de R$ 11 bilhões na economia brasileira até o fim de 2025, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor representa 25% de todo o montante destinado aos trabalhadores da indústria nacional e 3% do total do 13º salário pago em todos os setores da economia. O levantamento considera dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2024) e do Novo Caged, atualizados até setembro de 2025.
De acordo com o estudo, o Sudeste concentra 63,8% do total a ser pago, o equivalente a cerca de R$ 7 bilhões; em seguida vêm o Sul, com 24,8% (R$ 2,7 bilhões); o Nordeste, com 4,7% (R$ 513 milhões); o Norte, com 4,4% (R$ 482 milhões); e o Centro-Oeste, com 2,4% (R$ 260 milhões).
Entre os estados, São Paulo lidera amplamente, respondendo por R$ 4,9 bilhões – 44,4% do total nacional, logo depois aparecem Minas Gerais (R$ 1,2 bilhão), Rio Grande do Sul (R$ 1 bilhão) e Rio de Janeiro (R$ 683 milhões). No Norte, o destaque é o Amazonas, com R$ 356 milhões; no Nordeste, a Bahia, com R$ 138 milhões; e no Centro-Oeste, Goiás, com R$ 149 milhões.
A remuneração média dos metalúrgicos em 2025 foi estimada em R$ 4.404,35, com base na atualização pelo INPC de janeiro a setembro. O Dieese ressalta que o cálculo não inclui parcelas antecipadas do 13º pagas durante férias ou por acordos e convenções coletivas.
Para o Dieese, os números mostram o forte impacto econômico e social do setor metalúrgico, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, e reforçam a importância do 13º salário como instrumento de dinamização da economia brasileira no final do ano.
Confira estudo completo AQUI (via Rádio Peão Brasil).

