Abandonado há anos, Museu do Mate é símbolo do descaso de autoridades

Parque Histórico do Mate, antes do abandonoO abandono do Museu Histórico e Parque do Mate, em Campo Largo, vem se tornando o símbolo do descaso das autoridades e desrespeito com a nossa história. O ciclo da erva-mate, no século XIX e início do século XX, foi responsável pelo desenvolvimento dos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. O próprio Paraná só se emancipou da Província de São Paulo, em 1853, em função do desenvolvimento conquistado com o ciclo da erva-mate.

História                                                                                                                       

A história do antigo Engenho Velho inicia por volta de 1806, quando o Coronel Carlos José de Oliveira Franco e Souza veio morar na região de Rondinha, próximo a Campo Largo. A qualidade da nossa erva-mate era reconhecida por todos. Um dos mais importantes personagens de nossa história, Macedo Soares, que foi Juiz de Direito em Campo Largo em 1874, antes de ser Ministro do Supremo Tribunal Federal, escreveu em uma Monografia “dos hervaes do planalto de Coritiba é sem contestação o melhor o matte de Campo Largo…”

O Engenho de Erva-Mate, movido por força hidráulica (roda d`àgua) teria sido construído posteriormente, por volta de 1870. Em 1896 o engenho passou por modificações, através de seu novo proprietário, o agricultor Pedro Paulo Marchioratto, que adaptou o engenho de erva-mate em moinho para beneficiamento do milho, fabricando fubá.                                 Criação do Museu 

Em 1985 o Engenho do Mate foi inscrito no Livro Tombo estadual nº19, de 1968. Em 1978 o governo do Paraná comprou a área, para criar um museu e um parque histórico. Além da restauração do antigo engenho, construiu-se uma estrutura de lazer e bem estar dos visitantes – banheiros, churrasqueiras e um lago.

Abandono e descaso                                                                                  

Fechado para visitação e abandonado nos últimos anos, o Museu do Mate teve os equipamentos destruídos, inclusive a roda de água, que era o símbolo histórico da força motriz de uma era econômica.

Nesse tempo, não faltaram promessas e compromissos de candidatos em campanhas eleitorais. Entretanto, passadas as eleições, as promessas foram esquecidas e o Museu do Mate continua esquecido e abandonado.    Enquanto isso, proliferam na cidade out-doors informando investimentos do governo estadual de R$ 40 milhões, em obras na cidade, através de seu representante na Assembléia Legislativa. Mas falta vontade política e respeito com a nossa história para reabrir o Parque e Museu Histórico do Mate.

  

Antigo Moinho, antes da restauração

 

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