VOLVO SUSPENDE CONTRATOS DE 407 FUNCIONÁRIOS EM CURITIBA

Em meio à forte queda de suas vendas, a Volvo suspendeu temporariamente na quarta-feira (1.º) os contratos de 407 trabalhadores de sua fábrica na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). As informações são do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC).

A suspensão temporária, também conhecida como layoff, normalmente é válida por até cinco meses. Mas, no início de junho, um acordo negociado entre a empresa e os funcionários estabeleceu um layoff de até sete meses. Nesse caso, a suspensão pode durar até o início de fevereiro de 2016.

O regime de layoff está previsto na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). O trabalhador com contrato suspenso recebe seguro-desemprego do governo por até cinco meses, e a empresa complementa o pagamento, de modo que o funcionário receba o equivalente a seu salário normal. Ao fim do período de layoff, os trabalhadores podem ser reintegrados ao trabalho ou dispensados, a critério da montadora.

Pelo acordo firmado com os trabalhadores, a Volvo se comprometeu a pagar o salário integral no sexto e no sétimo mês da suspensão, se ela durar até lá. Entre 8 de maio e 1.º de junho, mais de 2,5 mil funcionários da Volvo paralisaram os trabalhos, na maior greve da história da montadora em Curitiba. Eles protestavam contra o plano da companhia de reduzir a participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 30 mil para R$ 15 mil, em troca da manutenção dos empregos até o fim do ano – a empresa argumentava que a queda na produção, provocada pela crise econômica, gerou um excedente de 600 funcionários.

No acordo, o PLR foi mantido em R$ 30 mil, desde que atingido o mesmo volume de produção de 2014, com primeira parcela de R$ 8 mil. Empresa e funcionários também acertaram as condições de um plano de demissões voluntárias (PDVs), além de correção salarial pela inflação. (Fonte: Gazeta do Povo /Foto: Marcelo Andrade – GP)

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